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Wednesday, July 13, 2005

Lisboa era uma cidade linda e Mari , uma amiga de infância tinha-me convidado para lanchar. Não sei como ela descobria tantos recantos com vista sobre o tejo e ainda por cima com sabor a silêncio . Era lá que mantinhamos o ritual dos esboços a carvão, os segredos escritos em guardanapos de papel e os sorrisos que nos calavam a voz.
O seu marido era um excelente pai mas tinha-se tornado obssessivo, impotente e agressivo com ela. Já lá íam 8 anos e Mari continuava a dizer que o amava.
Eu naõ percebia o que prendia uma mulher a um homem que a fazia infeliz e como se podia chamar amor a um sentimento castrador . Mas o medo e falta de coragem também pertenciam ao meu vocabulario mesmo sabendo que a vida era preciosa para ser consumida assim .
Nenhuma de nós era feliz mas eu tinha o homem que qualquer mulher gostaría de ter!
Francisco não me trocava por espanadores , não brincava com as crianças de barro, nem utilizava creditos alheios. Era um homem integro e merecia mais do que eu lhe dava.
Por vezes questionava-me se eu funcionaria nos parâmetros da normalidade e se tinha capacidade para aceitar o que não me parecia eterno mas as minhas consultas no psicanalista só tinham conseguido levar-me ao ponto de ele psicanalista me propor uma mudança de destino com ele
Nesse momento fixei-o como um saco de batatas e ri-me . Ri-me de mim!

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